tag:blogger.com,1999:blog-18300928680718468232024-03-08T14:58:26.239-04:00Lobo em pele humanaClaudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-56652179754558557072014-04-23T05:37:00.001-04:002014-11-25T00:20:27.504-03:00Ciúme<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém recebendo seu olhar de carinho.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém receber sua atenção.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém alguém conversando com você.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E não suporto a ideia
de alguém respirando o seu hálito.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém te dedicando qualquer música.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a opinião
de alguém dizendo se sua mão é mais macia do que a sinto.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
você deitado em uma cama mais quente que a minha.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém contando quantas sardas você tem em seu corpo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém cantando pra você.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E não suporto a ideia
de alguém tomando sua atenção.<br />
Também não suporto a ideia de tomarem seu tempo,<br />
Nem a ideia de alguém tomar algo no mesmo copo que você.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém julgando seu beijo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E não suporto a ideia de você abraçando um coração mais quente que o meu.<br />
Não suporto a ideia de
alguém ouvindo sua voz.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de
alguém sentindo a textura dos seus lábios.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não suporto a ideia de alguém te abraçar pra te salvar dos seus sonhos ruins,<br />
Nem te abraçar enquanto estiver sonhando comigo.<br />
Assim como não suporto você
longe de mim.<br />
E é assim que vou te
vendo de longe.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Todo o tempo não
suportando,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Te deixando morrer,
aqui,<br />
Dentro de mim.</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-55645593577778610272013-11-02T10:03:00.000-03:002013-11-02T10:03:00.246-03:00Manhã bem assim,<br />
Anoitecendo aos poucos,<br />
E de pouco em pouco morrendo<br />
Sem sequer enxergar os poros.<br />
O sangue era como areia<br />
Rasgando todos vasos.<br />
Vasos rompidos, destruídos, mastigados.<br />
Não poderia existir mais algo ali,<br />
Simplesmente se foi o que havia.<br />
O tempo de ser era de estar.<br />
A vida de criar passou pelo coração,<br />
Que nunca entendeu que seria solitário.<br />
Por si. Por quem. Pour quoi?<br />
Cadê?Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-58671245429097597892013-09-12T04:43:00.002-04:002015-12-14T03:52:03.522-03:00RaroTe dou pistas e falo nada.<br />
Se irrita e me dá um nome: Estúpido.<br />
Vivo assim,<br />
querendo te ver enterrado em meus seios.<br />
Meus meios de ver, almejar, desejar, conseguir.<br />
Mas você me consegue.... me consegue bem longe do meu querer,<br />
e por isso me faz esquecer do que eu quero.<br />
Você me laça e sempre me derruba.<br />
Me ataca, me devora e me destrói.<br />
E depois reconstrói.... E desfaz e refaz e desfaz... e refaz e refaz e faz todo o ser em mim desarmar.<br />
Desarma e entrega à dúvida.<br />
Uma dúvida sem perguntas. Sem perguntar. Já não faz diferença.<br />
Me lança em um infinito que me expande e me faz ver que estou apenas com você.<br />
E isso me seduz.<br />
Me traz de pouco em pouco à consciência de onde eu deveria estar: Com os pés no chão, com os pés no não.<br />
Mas de repente me envolve de novo, me arrasa, me rouba e me larga,<br />
me usa e me deixa... e eu quero mais.<br />
E volta, como se nunca tivesse me conhecido antes, sabendo tudo de mim,<br />
derrubando todas as muralhas que foram construídas por si, por mim, por nós,<br />
e se abriga em meu abraço,<br />
lançando-se em fim no fracasso de viver o que nunca soube.<br />
Vivendo o que se teme, se sente, se pede:<br />
ser só, ser único, tentando ser algo merecedor por si só:<br />
Raro.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-46673497768219594372013-04-27T07:09:00.001-04:002013-04-27T07:09:07.703-04:00ToqueNão toco,<br />
não alcanço,<br />
não sinto.<br />
Onde estava tudo aquilo?<br />
<br />
De onde vinha? <br />
E por quê?<br />
Parecia muito...<br />
<br />
Qual foi o motivo de deixar a razão?<br />
<br />
Me acabei, evaporei,<br />
Já não existo.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-40364488697915152742013-03-01T19:27:00.000-04:002013-03-01T19:49:24.173-04:00Ciclos.Pare de se perder,<br />
Já não há mais nada a perder,<br />
Apenas a dignidade,<br />
E a pena alheia.<br />
<br />
Pare de se entregar,<br />
Já não há mais para quem se entregar,<br />
Apenas aos momentos,<br />
Que são ocos por completo.<br />
<br />
Pare de pensar,<br />
Já não há nada sobre o que pensar,<br />
Apenas lembranças vazias,<br />
E solitárias demais para si.<br />
<br />
Pare de sonhar,<br />
Já não há mais sobras para sonhar,<br />
Apenas a imaginação que lhe resta,<br />
E são poucas diante daquilo que nem vive.<br />
<br />
Pare de viver,<br />
Já não há humilhação para se viver,<br />
Apenas um resto de si que vaga,<br />
Está vendo aquele veneno?Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-8033286015933993422013-02-22T05:39:00.001-04:002013-05-19T07:20:42.921-04:00Asas<br />
Queria que tivesse saído sangue,<br />
Que ardesse, doesse, morresse ou vivesse mais.<br />
Mas logo que abriu os olhos viu que não foi nada.<br />
Um resbalo, íngreme e fervoroso.<br />
Às encostas de um abismo,<br />
Junto à própria pena do medo de cair,<br />
Sem cair.<br />
Machucada ao chão onde se encontrava, nem levantou.<br />
Não conseguia.<br />
Ria-se e desdizia-se.<br />
Como se a vida fosse apenas uma gangorra da qual se poderia pular a qualquer momento.<br />
Mentes atentas diziam que não era bem assim.<br />
Teimosia dessas... que se acha corajosa e que se sente soberba... não se atenta.<br />
Se quebrou novamente, duas, dez, vinte vezes... sem saber.<br />
Gostava de se machucar.<br />
Sentiu os ossos rasgando sua pele... apenas suspirou, não via.<br />
Não sentia dor.<br />
Não sentia, não sente.<br />
Só queria ficar esperando.<br />
<br />
Armou-se novamente.<br />
Sentindo-se fênix. Imortal.<br />
E tentou voar com as mesmas asas quebradas de outros tempos.<br />
<br />
Mas naquele momento a imaginação a acompanha em um túnel escuro,<br />
Hostil e silenciosa,<br />
Na velocidade da luz que a espera ao fim de uma chegada morna e sem uma dor tão dolorida quanto o tempo que não resta,<br />
Percebe que nunca soube de nada,<br />
Nem da própria dor, nem da angústia do que viveu outrora.<br />
E perdeu-se no emaranhado de lembranças amadas de um dia.<br />
Abriu os olhos quando já não pode mais nada tocar.<br />
Percebeu suas fraquezas por não saber viver bem.<br />
Então foi que entendeu que nunca soube.<br />
Nunca foi,<br />
Nunca teve,<br />
Nunca entendeu.<br />
Nunca ensinou.<br />
Nunca se entregou.<br />
Nunca soube voar.<br />
Nunca sentiu nada...<br />
Nem sequer o fim.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-13745237032222011122013-02-09T10:13:00.002-03:002013-02-09T10:17:42.118-03:00CascataAinda que não fosse apenas só um que causasse toda a calma,<br />
E que todo o resto de felicidade tivesse alguém de provar,<br />
O que sobra do que existe não é de mais para se mostrar.<br />
Pelas dós de um solitário, quem demonstra não fala,<br />
Pois se passa de vida em vida o que não se satisfaz,<br />
E falta a forma de como se expressar com coragem.<br />
Resta um ruído de longo e áspero inaudível.<br />
Não resta esperança,<br />
Não resta nada,<br />
Não sobra,<br />
Só falta.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-11633034751922154532013-01-18T04:43:00.001-03:002013-01-18T04:51:50.654-03:00O cheiro de um anjo contém,<br />
Junto ao hálito de um recém nascido.<br />
Me traz a lembrança de todo gosto,<br />
E do que não gosto também.<br />
<br />
Me ganha aos poucos,<br />
Com formas e gestos me conquista,<br />
Em trocas de olhares ainda,<br />
Perde a graça, para ouvidos moucos.<br />
<br />
Pena e alegria de quem assiste,<br />
Como graça e raiva, sempre enervante.<br />
Não sabe o que diz, nem o que pensa,<br />
Mas age, assim, de forma agoniante.<br />
<br />
De pouco em pouco deixa passar,<br />
as areias do meu tempo entre seus dedos,<br />
Não consegue se apaixonar,<br />
vivendo a solidão, só, em seus prantos. <br />
<br />
<br />Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-39516328585521904432012-06-20T01:48:00.002-04:002012-06-21T13:09:49.578-04:00Espreita.<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Pelo bem de se ser a divindade interna clama.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">E entre mil carnes se esguia.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Mas nenhuma forma pronta alcança.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">E o mal que espreita, geme e grita, </span><br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Tempo ao tempo, coisas da vida fugaz.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Que trabalham, mas nunca se cruzam.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Multiplicam-se e, vêem em paz.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">E ante os sentimentos se curvam.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Rumos estreitos, caminhos distantes,</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Chamando um nome, por piedade.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Pontes inacabadas entre os montes</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Clamores ao vazio por pura vaidade.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Sois vós, águas que purificas e limpas</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Os vasos tortos e quebrados.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Ou a chuva que destrói e ensina?</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Rumores aos ouvidos, olhares aos mapas.</span><br />
<br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Faróis fumegantes em cais secos,</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Insinuando vindoura maledicência.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;">Mar aberto, mórbido</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 20px; text-align: left;"> em olhos secos.</span>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-16069407796506237262012-06-16T03:48:00.001-04:002014-11-25T00:32:08.741-03:00Serpentes.Eu nunca os vi tirando as meias e as jogando pelos cantos do quarto.<br />
Eu nunca os vi tirando as roupas, desvergonhando-se em frente ao espelho.<br />
Nem nunca os vi presos nas desgraças que vêem em si.<br />
Eu nunca os vi berrando mágoas em suas crenças miseráveis.<br />
Mas também nunca acreditei que existisse miséria tão grande nesse mundo.<br />
Pobre de mim, pobres de vós, espelhos.<br />
De quem vê.<br />
Que arde, morde, queima, rola, chora, diz que não pode mais, e apodrece.<br />
E grita e perde a voz, mas sempre consegue pedir ajuda.<br />
Não somente à sequidão e ao prazer do que ascende e fortalece e destrói.<br />
Mas também ao choro que não se adianta.<br />
Então ri-se.<br />
Rola, se enrola. E queima.<br />
Queima pra morrer e não sabe.<br />
Em chamas, atingido por metal a cabeça lhe rebola.<br />
Sabe que morre pra dizer que sofre, mas não sabe em nome de quem.<br />
E o sofrimento é pequeno porque nunca viu o toque quente do prazer pelo qual morre.<br />
Morre porque não sabe como é quente.<br />
Apenas vê chamas malditas e eternas, mas não entende e sofre.<br />
Morre porque não sabe nem sentir como é péssimo nunca ter sentido.<br />
Morre aos poucos.<br />
E de pouco em pouco rasteja, só rasteja.<br />
Rasteja na miséria da própria maldição miserável.<br />
Não morre sozinho.<br />
Rasteja e leva consigo ainda a lembrança triste de nunca mais poder tocar.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-46581951255563450172012-02-26T05:42:00.003-04:002014-08-03T00:42:06.269-04:00Os assombros chegaram.<br />
<div>
Sopraram. Rugiram.</div>
<div>
Medo não causaram.</div>
<div>
As orações vieram.</div>
<div>
Também não acalmaram.</div>
<div>
Mentes inquietas.</div>
<div>
Assobios. Palavras.</div>
<div>
Maldições.</div>
<div>
Encontraram pedra.</div>
<div>
Pedra fria.</div>
<div>
Fria e preparada.</div>
<div>
Confronto.</div>
<div>
Nada amedronta.</div>
<div>
Queda boa.</div>
<div>
Aprendizado.</div>
<div>
Reconhecimento perfeito.</div>
<div>
A religião, amor.</div>
<div>
Porque você está por perto.</div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-15142247676825151342012-02-22T03:33:00.004-03:002012-02-22T13:48:19.659-03:00Pelo resto que há de se valer, nada se explica.<div>E ainda que se peça benção ao amaldiçoado</div><div>Ele nem sempre seria sincero.</div><div>Areias movediças afundam o menos desprevenido,</div><div>Morte sorrateira espera as bolhas de sentimentos efêmeros que não têm fuga.</div><div>Sorte de desencontros que saídas não importam.</div><div>Cante seu coração e ainda assim as cinzas vêm de frente.</div><div>E o fogo que não existe esquece o medo do gelo que enfrenta.</div><div>Nada vem em mente.</div><div>Nada encontra o tudo.</div><div>Tudo torna-se um turbilhão.</div><div>Que se torna uma bagunça.</div><div>Nada resolve,</div><div>Nada transforma,</div><div>Nada é algo.</div><div>E algo é verdade, </div><div>Mas ninguém se encontra.</div><div>E tudo se vê como mentira. </div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-1939501086171067182012-02-03T04:22:00.005-03:002012-06-20T00:19:14.458-04:00Em meio ao vinhoSabe aquele tempo em que você se sente fraco?<br />
A todo momento você se sente inserido no deserto que criou.<br />
Você pode amar todo mundo que quiser, mas ainda assim não é capaz de encontrar um coração para te achar.<br />
Logo você enxerga que nunca vai se achar se estiver sempre perdido, então nunca encontrará nada.<br />
E é por isso que a imaginação não deve se perder dentre a escuridão e a criatividade.<br />
Entre o tempo e os perfumes existe muita vida pra quem acha que sabe de tudo e pra quem percebe uma pequeneza gigantesca em uma janela que não existe.<br />
Ficções humanas criadas antecipadamente nunca satisfarão um amor vindouro<br />
nem qualquer paciência que virá.<br />
O amor não existe.<br />
Não existe entre as membranas malditas do ser que existe entre nós todos,<br />
Que só sabem se arrepender a cada momento,<br />
Querem o tempo todo dizer que deu tudo errado ou que não podem fazer nada pelo que nunca poderia dar errado se não se esforçassem um pouco mais.<br />
Amar é uma fraqueza?<br />
Que então eu seja fraco para sempre.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-572272492980015312012-01-21T07:21:00.001-03:002012-01-21T07:24:43.634-03:00NuMeu topete estava lindo,<div>Mas chegou você como a brisa do oceano.</div><div>Chegou assim, como quem não queria nada.</div><div>Tão de leve levou meu topete,</div><div>Levou me cabelo,</div><div>Levou minha careca,</div><div>Levou minha pele,</div><div>E até meu sangue.</div><div>Quem é você?</div><div>Quem é você?</div><div>Você que me roubou tudo?</div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-85759383384019555712012-01-21T06:54:00.004-03:002012-01-24T03:00:51.801-03:00<div>Em você quem dorme</div><div>Nada, sombras, delírios</div><div>Me implore seu corpo</div><div>Agora</div><div>Mas só meu suspiro</div><div>Rejeita a sombra de ser</div><div>Coberta de seus agudos ligeiros</div><div>Nem graves e nem mortos</div><div>Podem me convencer</div><div>Eis o teu pranto</div><div>Chove noite densa </div><div>Pela pura madrugada</div><div>Negra és tu envenenada</div><div>Cheia de desapegos</div><div>Sem querer, sem suor</div><div>Encanta os mudos</div><div>És você</div><div>Forma sem sombra</div><div>Que me apaixona</div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-2770854454186259222011-09-14T03:32:00.003-04:002011-09-14T23:23:20.620-04:00Mais forteVocê tem sido mais forte que eu,<div>E não merece uma medalha por isso.</div><div>Tem bem mais que eu,</div><div>E se expôs muito mais do que eu.</div><div>E ainda assim tem me usado à sua frente</div><div>Como um muro receptivo.</div><div>Não vai ser pra sempre assim,</div><div>Você sabe que não estou apaixonado por você,</div><div>E ainda assim espera devoção...</div><div>Mas o amor vai além dessa merda.</div><div>Você tem sido mais forte que eu,</div><div>Aguentando essa máscara</div><div>Que só você mesmo criou e se escondeu.</div><div>Por favor,</div><div>Comporte-se, então, como uma dama,</div><div>Não como uma prostituta.</div><div>Ao meu lado, assim, você não dura.</div><div>Acho que você tem sido mais forte que eu.</div><div>Ah... E outra coisa.</div><div>Não quero conhecer sua mãe,</div><div>Mesmo além dos seus pedidos</div><div>Só pra não dá-la o desgosto</div><div>De saber um pouco mais</div><div>Sobre como ela não soube lidar com toda essa sua mágoa.</div><div>Esse bebê que só vai saber chorar.</div><div>É... Você pareceu mais forte que eu.</div><div>Não venha chorar no meu colo,</div><div>Porque já existem muitos corações</div><div>partidos para serem cuidados aqui.</div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-4312140625602619422011-08-29T03:58:00.012-04:002011-08-29T23:41:09.750-04:00Por esses diasA paz me envolveu, adentrou o casulo de algodão que foi construído de cimento em pensamentos.
<br />Tanta proteção sem sentido... uma fortaleza criada por um ego medroso em uma bolha de sabão para o mundo.
<br />Sentimentos perdidos.
<br />Mal entendidos.
<br />Pouco vividos.
<br />Tristes.
<br />Cinzas.
<br />Sem vida.
<br />Compreensão externa se estendendo e se entendeu ao que nunca foi possível encontrar em lugar qualquer por não haver permissão.
<br />Desconexão de alma e mente que resiste aos poucos, por ser sábio que nada é perfeito.
<br />Enganos planejados, mesmo que o querido não se torne o desejado.
<br />Nada se compara à uma vida de tudo que uma mente aleatória pode divagar, mas ninguém se chateia, ninguém se frustra.
<br />Se é sonho ou pesadelo, deixe pra quem tem mais sonhos ilusórios ou pesadelos lúcidos decidir... Não é tarefa minha. Preocupação é viver nem menos, nem mais.
<br />Sem arrependimentos (ainda que tentando compreender as próprias confusões).
<br />Nada como sentir-se mais livre.
<br />Livre de julgamentos.
<br />Livre das coisas (boas) desse mundo.
<br />Livre de irritaçoes diárias.
<br />Livre da solidão.
<br />Livre da desilusão.
<br />Algo novo e saudável todo dia.
<br />Porque ser um homem melhor é árdua tarefa pra quem anseia.
<br />Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-761239764652451822011-03-31T00:38:00.076-04:002011-04-17T23:35:41.871-04:00EgoÉ seu último adeus?<div>Eu duvido.</div><div>E nunca vou deixar de desejar o melhor para você.</div><div>E estarei aqui quando você voltar, certeza disso.</div><div>E ao mesmo tempo não vou deixar de pensar que você tem razão de pensar como quiser. </div><div>Você era apenas alguém tentando ser simples nessa infinidade mundana de sentimentos, sensações e expressões de tudo o que te resta do comodismo que te pressionou a ser o que é hoje.</div><div>Mas a vida não é assim... é?</div><div>E ainda que vivendo totalmente inseguro em seu mundinho autoproteror, a qualquer momento esperando ser atingido com qualquer faísca torturante desse conjunto de prazeres, você ainda deve se esconder atrás de um escudo de consciência profunda do que esconde de si.</div><div>Mas você raivosamente me faz deixar as armas no chão com um simples olhar e de repente é estendida uma bandeira vermelha de uma lasciva paz em meio à resposta de prudência quanto ao que você quer.</div><div>Mil falsos ouvidos captam "Liberdade ou Morte" frente aos meus sentidos despidos e desarmados. </div><div>Não há como resistir a tamanha sucumbência de dor.</div><div>Mas grito: "AMOR!"</div><div>Ninguém ouve.</div><div>E quando penso na solidão que a tristeza que este tipo de amor me trouxe, as palavras se tornam armas agudas adentrando meu peito, como se fossem bolhas-bombas sendo tossidas com o último fôlego da inocência de um bebê que sopra uma fumaça preta.</div><div>E você sabe que a realidade deste mundo muito é triste, e eu procurei fingir.</div><div>Mas não consegui, porque sei que ao mesmo tempo em que você se engana pensando que pode se desculpar a todo e a qualquer momento, age como se fôssemos lobos famintos em meio à terra gélida procurando alimento... que quando o encontra, o divide.</div><div>Mas a realidade deste mundo é muito triste, e eu procurei fugir de mim entre a fome.</div><div>Vivemos esse tempo experimentando várias formas de socializar animalescamente, ter alegria e mantermos-nos aquecidos, perseguindo livremente aquilo que tememos, juntos, dentro de uma jaula que achamos que existe.</div><div>Ameaças sórdidas contra os espelhos. Porque medo não existe no vocabulário de quem não se assusta com o pouco que este mundo canibal oferece. </div><div>Maldade nunca houve, mas presas, sangue e carne fresca sempre estiveram em nosso jantar vazio.</div><div>E essa morte sempre foi a primeira convidada do nosso inverno.</div><div>Mas cessou o tempo das caçadas lupinas em noites de Lua nova. Nessa caminhada vimos que sol e lua não fazem diferença, porque solitários lobos não precisam de ninguém.</div><div>A não ser da Linda Lua.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><i><span class="Apple-style-span">"Óh, Branca, Linda Sombra, durma em paz.</span></i></div><div><i><span class="Apple-style-span">Não estarei esperando você voltar toda clara e sedutora,</span></i></div><div><i><span class="Apple-style-span">Pois estarei cansado demais para ver-te, mesmo entre os uivos.</span></i></div><div><i><span class="Apple-style-span">Nada vai acordar-me deste sono para ti, Lua Cheia."</span></i></div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-90867951714191415992011-02-23T10:12:00.017-04:002011-04-04T22:58:46.752-04:00Carta.Preste atenção... eu não preciso disto.<div>Sinto a ternura de suas rochas amedrontadas ao sentirem que serão destruídas.</div><div>Pena, que pena.</div><div>Preocupação, que preocupação.</div><div>Amor, que amor.</div><div>Esse coração chora de um amor 'inentendível'.</div><div>(E me poupe se você não<i> {entende}</i> encontra isso no dicionário).</div><div>É o que eu vejo dentro e fora. De mim... e de você.</div><div><i>'To di boa. Calaboca. Vai si fude.'</i></div><div>Eu digo que te amo.</div><div>Você tenta me calar e não consegue, então você mente.</div><div>Me diz como sofre em sua vida para tentar me comover, mas eu não tenho pena.</div><div>Eu não tenho.</div><div>E não acredito que você sinta o que quer sentir.</div><div>É uma tristeza.</div><div>'Cuide de sua vida' - digo - e você zomba do meu português correto.</div><div>Me chama de burro, de bobo e de tudo o que pensa, e fala, e pensa e xinga e pensa.</div><div>Eu sou isso tudo, muito, muito e muito... e da minha maneira me justifico que você me ama.</div><div>Você me ama.</div><div>Você me ama.</div><div>Você me ama.</div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-48872459875601359462010-08-31T00:54:00.062-04:002015-08-06T04:14:41.836-04:00Bem me quer?Jeito exagerado de enxergar a vida que invadia todas as artérias.<br />
<br />
É o que basta para lembrar de como destrói ser uma pedra fria.<br />
Esse lado encantador e fascinante conquista cada vez que se tenta doer o mundo sem o ter nas mãos.<br />
Parece estar tudo certo, mas no fundo arde, como uma ferida latejante, aberta há dois minutos... e o tempo não é mais o mesmo rei.<br />
Paralizado e com a língua enrolada no céu da boca. Gaguejando e chorando feito criança assustada diante de sonhos incertos.<br />
Nenhum bobo é capaz de obter o respeito que quer.<br />
Tanto o <span style="font-style: italic;">tempo </span>vivido,<span style="font-style: italic;"> </span>com besteiras nefáveis e que se sabe não terem fundamento, acaba tornando-se um emaranhado de pensamentos perdidos no instante... e não é necessário viver.<br />
Não é necessário viver?<br />
Antes esquecer, então?<br />
Tempo ao tempo e os pensamento vão se desapegando como musgo que se rompe a cada vez que o sol se torna mais intenso.<br />
E as escolhas? Até onde alguém é capaz de abandonar tanto?<br />
As vezes é possível ficar um tanto calejado, se escondendo dentro de um escudo que só seu forjador pode ver e, de alguma forma, só quem o detém o sente. Onde pode se sentir acolhido e confortado.<br />
Aconchego é um pouco do que todos buscam... Ainda assim, essa sensação de paz é real?<br />
Mesmo parado no tempo pode-se ver o que acabou de chegar.<br />
Porque ainda há tanta tensão se há tanta distância? Por que o incômodo?<br />
Pensa.<br />
Algumas vezes são criados limites tão íntimos que não se vê quando são ultrapassados, mesmo que criados sobre alicerces alheios.<br />
Há a distância. Mas da mesma forma há os limites que foram ultrapassados por tanto que já não existe mais qualquer retorno.<br />
Havia de haver cada vez mais inspiração.<br />
Mas em meio à procura vazia e louca por símbolos alguma coisa brilha. Algo que laça olhos e acorrenta corações.<br />
Vácuo. É o que define. Carência sem precedentes e sem futuro.<br />
A solidão sabe causar constrangimento de uma forma com a qual ninguém sabe lidar: através do espelho.<br />
Não se pode alguém simplesmente acostumar-se com o desamor.<br />
E não se pode acostumar com o que não se conhece.<br />
Sempre novo e sempre tão cansativo.<br />
Ninguém vive sozinho. É bobeira... E bobeira é não viver a realidade, já dizia o poeta.<br />
Não há coração perdido, abandonado ou esquecido por aí... Há a realidade de nunca ter respeitado e amado o que se tem. Espaço para sentir-se por si só.... e o que sobra é tanto carinho...<br />
Há momentos em que pode-se despreocupar das coisas que te atormentaram sem precisar se vingar de ninguém ou destruir coisa alguma, ou extasiar-se em um conhecido e desesperado riso exagerado.<br />
Aos poucos e sem pressa o mundo se torna algum lugar onde os sentimentos verdadeiros tomam a própria identidade. Sem inventividades, contradições, sem ações, omissões e necessidades instrínsecas de reformar-se pelo simples fato de tornar as coisas cada vez mais atraentes.<br />
Tanta bobeira devora cada sentimento que deveria ser observado como realmente são. E quando são enxergados... <span style="font-style: italic;">óh!, </span>alguma coisa em nova se transforma.<br />
Pode não haver mudança em cada pontinho ou frase usada de forma perfunctória, algo a fim de camuflar uma realidade triste, ou feliz, confusa ou não... Mas de uma forma ou outra o que importa é saber o que se gosta, o que se adora, o que se quer por perto... o que se ama.<br />
Reconhecer-se como um ser humano comum pode até parecer vergonhoso em algumas circunstâncias... Embora possam haver perdas terríveis... sabe-se que a única coisa que não há conserto é a morte.<br />
E embora seja a própria morte o que se procure, a morte de verdade, <span style="font-style: italic;">de verdade</span>, não existe pelo simples fato do querer.<br />
O querer é tão passageiro quanto uma chuva em meio a esse inverno seco, e por mais que o choro surpreenda as maiores nuvens, quando os olhos se secam e as lágrimas deixam de embaçar as cores... a <span style="font-style: italic;">verdade </span>vem a tona. É o que constrange.<br />
A única verdade é que se ama. Ama-se. Ama-se o que se tem. Para si e para o que vier. Ama-se por amar e ser amado, por mais surpresa que possa causar.<br />
Simples e tão desconhecido.<br />
<span style="font-style: italic;">Sente</span>. Parece pouco, mas <span style="font-style: italic;">sente.</span><br />
Muitas vezes descarregar o coração das próprias frustrações faz um bem que não se compara ao canto de milhares de anjos.<br />
Não há qualquer sensação que possa eximir os sentimentos que são guardados como bombas-relógio no fundo do coração... Esses que são os mais perigosos.<br />
Aqueles que se guarda por mais tempo. Os mesmos que podem fazer com que a realidade se torne um sonho quase-eterno. <span style="font-style: italic;"><br />Quase-eterno. </span>Pois<span style="font-style: italic;"> </span>ninguém dorme pelo tempo que quer sem que a vida <span style="font-style: italic;">incomode </span>com aquilo que a própria vida espera para si mesma.<br />
Autocontrole é utopia de poucos... mas existem as escolhas... E as escolhas serão vistas sem precisarem ser alardeadas.<br />
Sem enganos... algo mudou... não que haja absurda certeza... mas o sentimento execrável que incomodava decidiu encostar-se em alguma parte mais cinza, deixando, então, fluir mais cor. Alguma coisa aconteceu.<br />
Não há necessidade de sentir, provar, palpar, ver, tatear, farejar, assustar, rir, falar, tocar, ouvir, testar... ... .... Porque simplesmente pensa-se que agora o que há de vir virá, o que houver de ser será.<br />
O que se causa pela tristeza do que se chama <span style="font-style: italic;">querer</span> é o que pode matar os sonhos com os quais não se deve sonhar.<br />
Ousa-se <span style="font-style: italic;">sonhar</span>, mas não <span style="font-style: italic;">querer </span>desse modo transtornado.<span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic;">Humildade </span>hipócrita restou da inveja invasiva.<br />
<span style="font-style: italic;">Coração sangrento</span> restou do coração de pedra cinza.<br />
<span style="font-style: italic;">Esperança </span>restou a quem não quis mais nada além do que não podia.<br />
<span style="font-style: italic;">Sonhos </span>restaram a quem queria ter mais do que os sonhos que nunca teve.<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O menino-sem-coração viu o próprio coração,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Regozijou-se na saudade,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Abraçou-o,<br />Viu o quanto era bom,</span><span style="font-style: italic;"> </span><br />
<span style="font-style: italic;">Sorriu.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Acordou,</span><br />
<span style="font-style: italic;">E não fez nada.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Sentiu-se,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Viu o mundo à sua volta,</span><br />
<span style="font-style: italic;">E então admirou a beleza que não via.</span>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-17474327385498379892009-12-09T20:19:00.014-03:002020-10-04T09:09:52.112-04:00O menino-sem-coração<div style="font-family: georgia; text-align: justify;"><br /></div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-4727087631531370552009-11-17T17:00:00.002-03:002010-09-06T10:16:24.043-04:00Medo.Amor.<br />Talento criado para arder e fazer viver. Uma chama que nunca se apaga, quando real.<br />E isso é bonito, dá cor, faz sorrir, faz pensar, faz suspirar, faz lembrar.<br />O amor é mais forte que a morte e é maior que o tempo.<br />Mas este amor se vê menor que o medo.<br />Não resistiria a outra decepção, a outra tragédia.<br />Esse amor se mostra vivo, mas oculto. Esse amor é apenas a esperança de um futuro incerto que não se arriscaria hoje.<br />E é claro que meu coração sorri a cada vez que vê aquele rosto, mas ele se partiria facilmente em mil pedaços após cinco minutos de pequenas verdades e lembranças de que aquela vida guardada tão cuidadosamente na memória não era tão perfeita quanto a saudade insiste em afirmar.<br />Aquele cheiro que não sai das minhas narinas, aquela voz docemente rouca que parece me chamar a toda hora, todos aqueles gestos e a cor da pele. Tudo está gravado como uma tatuagem escandalosa em meu peito. E é impossível escondê-la.<br />É impossível fingir, se quando olho em teus olhos e meu coração dispara e as pontas dos meus dedos ficam geladas.<br />Impossível esconder que resta algo de você em mim. E não foi por acaso que foi esquecido também algo de mim em seu coração... E muito menos por coincidência que estas coisas até hoje não foram jogadas fora, nem destruídas, nem apagadas. Sequer foram modificadas. Tudo continua da mesma forma como era quando ainda víamos os reflexos das nossas imagens no fundo de nossos olhos, quando nos protegíamos em nossos abraços e nos deitávamos em nossa passageira sensação de paz.<br />O tempo parou. Simplesmente parou naquele adeus.<br />E hoje, em nossas prisões de ouro, enjaulados nas situações às quais essa vida irônica nos acorrentou, nos rendemos ao conformismo e ao medo. Medo puro e simples. Assombroso e calmo. Menor que um susto.<br />Medo de não acertar, de arriscar, de fazer errado outra vez. Medo de sofrer, de precisar, de lutar. Medo de querer. Medo de ser dependente outra vez daquilo que nos faz mal e de chorar mais um pouco por uma separação que em nossos corações jamais existirá.<br />O medo nos acorrenta ao nosso dia-a-dia mecânico, à nossa rotina perdida em ações automáticas, e nos transforma em seres carentes daquilo que sabemos onde encontrar, mas não ousamos arriscar, lutar para nos aproximar.<br />Talvez seja só mais uma brincadeira com o meu coração para eu aprender a não mais querer o que já tentei destruir, ou talvez seja uma lição para aprender a não destruir o que eu quero. Um teste de paciência onde eu deva aprender a entender aquilo que amo e a preservar aquilo que tenho.<br />Mas o certo é que o amor nunca acabou, pois verdadeiro. E nunca fomos corajosos o suficiente para pormos um ponto final nessa história cheia de desencontros, porque somos ainda totalmente dependentes um do outro. E sabemos do que precisamos, e sabemos onde encontrar. E sabemos onde estamos, e sabemos como nos encontrar.<br />E temos o que queremos. Mas estamos perto demais para perceber a distância que há entre nós. E não temos coragem.<br />Essa é a verdade. Somos grandes covardes.<br />Talvez seja ainda tudo fruto da minha mente apaixonada por personagens que cria em seu íntimo para amar. Apaixonada pela lembrança de você em mim.<br />Lembrança que se materializou e surgiu diante dos meus olhos, dormindo em meus braços, como se eu tivesse voltado ao primeiro dia.<br />Tão perfeito... Tão perfeito.Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-88101650426640745712009-09-22T20:09:00.018-04:002009-09-23T14:06:56.035-04:00Perdas e Ganhos<p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Quando foi que tanto amor se tornou esse deserto?<br />Sequidão trazida pelo calor do sol, a boca seca, a dificuldade de respirar, a areia sendo jogada nos olhos pelo vento. Vento esse de um simples sopro, da voz, do hálito, que tentam</span><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-size:100%;">cegar e ensurdecer.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Mas caminhar por esse deserto é o que me tornou resistente. Tenho pernas fortes e não tenho mais sede.<br />Sinto ainda que sou tão dependente e ao mesmo tempo não poderia suportar mais nenhum segundo observando aquela corrompida filosofia de vida.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Não há porque voltar atrás, estamos todos muito cansados. Uns das mentiras e outros da compreensão. Eu estou cansado dessa insensatez. Sempre houve muito drama, muita perseguição, já era hora de tudo vir à tona, ser jogado ao alto; ninguém consegue brincar por tempo demais.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Que bela tragédia, que tocante fim para uma história cheia de rodeios fantasiosos, com fundamento em nada. Nunca existiu uma razão de ser.<br /><i style="">Nada passou de uma grande fraude contra os nossos próprios corações.</i><br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">A grande diferença é que alguns têm para onde correr, ser abraçados, acolhidos e amados, têm ombros onde chorar e até rir mais tarde disso tudo, enquanto o outro lado foi abandonado para enfrentar sozinho sua própria mente pervertida, suas falsas noções de vida, com o pesar de que saber que não significa nada pelo fato de sequer saber quem se é e ter ainda de enganar a si e acreditar que nada do vivido teve valor, declarando que agora não se preocupa mais, que é inabalável, mas se contradizendo contando uma história deslealmente falsa por aí para se auto-afirmar. Mas é assim que as pessoas desse tipo se defendem desse mundo cruel, convencendo a si e a quem se dispõe a ouvir de que são pobres vítimas de lobos ferozes.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Fato é que sempre resta algo bom dentro de nós mesmos. Experiências, capacidade de compreender, maturidade: mais vida. Más lembranças; talvez até as boas. E o que eu deixei aí cedo ou tarde será como uma bomba, pois deixei amor, e um dia ele se tornará dolorido por falta de alimento.<br />Seria bom não lembrar. Seria bom poder deletar. Mas eu sou uma máquina de viver sem paz. É o resultado de querer viver com os pés no chão, não acreditar muito no acaso nem na morte para resolver os problemas de forma definitiva.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Este emaranhado de sentimentos enfermos me dão até dor de cabeça. Causam uma preocupação incômoda a qual em nenhum momento eu pedi para ter. Aliás, desde o início sempre os evitei. Sabia o que estava por vir e fui convencido a deixar acontecer. Paciência foi a minha bandeira por todo esse tempo e por piedade quis esperar essa hora chegar sem apressá-la.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">É uma melancolia abominável junto com um tipo de saudade daquilo que nunca se viveu. Porque só se pode viver aquilo que for verdadeiro, real, palpável, manifesto e evidente.<br /><i style="">O que é verdadeiro é intenso, belo e interessante por natureza</i>. Dispensa qualquer modificação, invenção ou exagero.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Sabe o que destrói o amor?<br />O abandono dos sentimentos que nos fortalecem e a traição da confiança. E um vem acompanhado do outro. <i style="">No primeiro dia </i>já era possível ver quem os mataria.</span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Essa brincadeira não poderia durar muito tempo, mesmo; não poderia prosperar. Desde o primeiro momento podia ser observada essa forma deliberada e propositada de viver a vida.<br />Então prefiro deixar ir embora antes que decida criar mais uma encenação perturbada pelos seus próprios males, pela simples vontade de ser, perdida no pesadelo das próprias ilusões.<br />Deixo ir antes que improvise algo para me fazer odiar seu nome para o resto da vida. Mais ainda.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Antes mesmo que traia de forma definitiva, antes mesmo que abandone até a si para querer comprovar alguma outra farsa que se tornará venenosa o suficiente para matar, não a mim, mas tudo aquilo que já se chamou amável um dia. </span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Pra ser sincero é que dessa vez eu quis usar o truque que aprendi observando a forma determinada com a qual você age quando fica com medo de alguma coisa: <span style="font-style: italic;">Odiar antes que lhe virem as costas.</span> Porém, diferentemente desse fingimento encenado que se vê em seu rosto assustado, o meu ódio foi semeado, regado e alimentado de pouco a pouco por toda essa vivência inconseqüente e mentirosa; É muito mais letal, é intenso, pois real.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Eu ainda não chamaria isso ainda de ódio; o ódio é muito intenso. você não seria capaz de suportá-lo. O que não tem valor simplesmente não merece crédito. Eu diria que esse sentimento se assemelha à raiva, por gerar a expulsão de um espinho, de uma parte de você em mim; é na verdade apenas um incômodo efêmero por causa de uma perda inexistente.<br /></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">É um pouco confuso; É um perder sem perder.<br />Eu sei que algo foi embora. Algo divertido desvaneceu diante dos meus olhos. Mas é impossível saber o que se foi, porque nunca foi. Algo que parecia próximo se dissipou justamente como fumaça. Incômoda e passageira. Sem forma definida, sem força, sem poder ser identificada ou tocada, sem saber para onde vai, sendo levada pelo vento.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Não espero nada além de educação, embora nem isso eu queira mais. Nem um olhar, nem sentir o cheiro do seu medo, nem ouvir sua voz, nem ver sua sombra.</span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Não há do que reclamar, já acabou. Hora de ir embora.<br /></span> </p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><br /></span> </p><div style="text-align: justify;font-family:georgia;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div face="georgia" style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div face="georgia" style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><i style="">“E já que não me entendes, não me julgues, não me tentes.</i></span></p><div face="georgia" style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><i style="">O que sabes fazer agora veio tudo de nossas horas,<o:p></o:p><br /></i></span></p><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><i style="">Eu não minto, eu não sou assim”.</i></span></p><div face="georgia" style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;">♪</span></div>Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830092868071846823.post-52424312673147512552009-09-18T23:05:00.017-04:002013-04-30T04:03:22.400-04:00Lua Nova<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: georgia;"> Uma supernova! Uma explosão cósmica que libera energia nuclear que forma figuras reluzentemente psicodélicas! </span><br /><span style="font-family: georgia;"> Junto a Lua Nova, surge esse veículo de demonstração de uma ligação entre instintos sutilmente ferozes e cruéis e um resquício de sentimentalismo natural, inocente e sincero.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> Nascido primeiramente da simples vontade de compôr cronicas ácidas, expor idéias lúcidas e críticas baratas; surgido com a força de uma mistura harmônica de sentimentos que ao se encontrar desafiaram-se e condicionaram a sua existência ao intuito de ser pior do que uma arma capaz de causar convulsões e ao mesmo tempo ser um acordo de paz, um instrumento de ordem, um comovente artefato capaz de expressar o mais singelo amor.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> Mais do que uma explosão cósmica: uma catarse após a outra. É isso o que pode mover os corações e tocar a essência de quem ainda se considera vivo. É a libertação e liberação daqueles sentimentos que por algum motivo estiveram escondidos e reprimidos por tempo demais. Mas acima de tudo, deixando clara a obrigaçao imprescindível de gritar e expressar tudo o que surge nessa mente.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> Deixando de lado a necessidade de se afirmar como uma criatura perfeita. Mas demonstrando conscientemente de que o que se trata aqui é de uma criatura mista, que anda sobre duas pernas, fala educadamente e tem olhares sensatos sobre o que o cerca, mas é um Lobo, um ser que vaga sempre acompanhado, que é destemido, leal e também cheio de imponência e crueldade.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> Não sabendo ao certo ainda se a imperfeição de ser uma criatura mista se deu pelo fato de ter nascido meio homem e meio lobo ou por ter sido tomado por uma alma lupina, ou ainda ser apenas fruto de uma imaginação fértil. O fato marcante é que essas características me tomam, reações e instintos selvagens se tornam visíveis nos olhos dessa fera.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> Enquanto metade de mim arreganha os dentes, rosna frente a menor suspeita, se mostra sarcasticamente inabalável e ri com uma ironia amarga a outra metade observa atentamente os olhares e feições, divaga sobre razões, atitudes e emoçoes, se ocupa com pensamentos belos, se emociona e se perde em um amor profundo como nenhum outro no mundo.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> O que ocorre é que de uma forma ou de outra essa criatura há de se expressar, falar, demonstrar, explodir. Sempre e a toda hora. Qualquer sentimento ou fato pode ser o estopim de um novo discurso amável e perturbador. O que não poderá mais ser impedido de forma alguma.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> Um uivo à minha Lua Nova, um chamado para ela mostrar outra vez sua face e vir brincar novamente com a luz refletida. Esperando a reanimação e inspiração que foram levados dos meus versos.</span><br /><span style="font-family: georgia;"> À Lua Nova. Supernova.</span></span></div>
Claudio Mesquitahttp://www.blogger.com/profile/15893689689634549177noreply@blogger.com0